Um dos maiores desafios, que nós professores temos na hora de planejar seria a questão do Gerenciamento de Projetos, que de fato e organizar e acompanhar. A cada projeto o professor ira traçar novos desafios que vão surgindo, é uma arte prazerosa, porem é necessário que o professor repense o tempo todo suas praticas.

Jéssica Iancoski
Acredito que a prática da docência na educação infantil seja rodeada de surpresas, talvez, nem todas sejam tão prazerosas como se pensamos; porém, como educadoras, devemos sempre se dedicar para que a aprendizagem seja significativa para os nossos alunos. Sendo assim, os conteúdos devem ser adequados a essa faixa etária e dar sempre destaque a curiosidade dos alunos, tornando o aprender mais leve. Por mais que nem sempre tenhamos um espaço físico apropriado, devemos explorar ao máximo o território que o aluno conhece, apresentando de maneira criativa o mundo que cerca o aluno.
Alice Ruiz
Sou professora recém formada e ainda não leciono. Minhas experiências com os estágios, vi que os desafios de elaborar o planejamento em si não é como colocar no papel e sim fazer acontecer. Infelizmente a estrutura escolar é precarizada e isso dificulta muito o trabalho elaborado pelo professor. Por dois momentos ouvi a professora relatar que tinha preparado algo especial para aula mas devido a falta de recurso não foi possível realizar. Acredito que a falta de recurso material e até mesmo espaço seja o maior desafio.
Hilda Hilst
Prezadas Mariana e Heloisa, por ser graduanda de pedagogia não atuo ainda na educação infantil e desde já anseio por esse encontro . Este curso tem sido muito produtivo e esclarecedor, e por ainda eu ser caloura muito dos conteúdos analisados aqui eu jamais havia visto . Para mim o ato de planejar é um alicerce já que a educação é uma questão preventiva é vital para a construção do cidadão. Através desses estudos e saberes pude entender que currículo é o um conjunto de práticas que buscam articular os saberes das crianças nos conhecimentos que fazem parte do cotidiano, da sociedade e da cultura elencado com os instrumentos necessários para validar essas práticas tais como os conteúdos educativos, a mobilização de materiais a organização de espaços a mobilização das interações infantis entre outros pré requisitos para contemplar uma educação infantil de qualidade com toda infra estrutura prevista no seu currículo e planejamento. Em conclusão parte do trabalho do educador é, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto dessas práticas e interações garantindo a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças.
Zilda Arns
Tudo fica melhor quando se planejado. Por que não em uma sala de aula? É claro que o professor não precisa ficar igual a um robô seguindo exatamente aquilo que estava no planejamento, mas tendo tudo organizadinho, fica muito mais fácil na garantia de um norte.
Tarsila do Amaral
Falar sobre a como o professor ao aluno deve está aberto a curiosidade, ao aprendizado durante todo o percurso da vida da criança durante a educação. Nesse sentido se faz necessário a importância dos educadores em suas práticas pedagógicas na vida dos alunos, com atitudes, palavras, simples fatos vindo do professor poderá ficar marcado pelo resto da vida de uma criança, contribuindo positivamente ou não para o seu desenvolvimento. Por isso devemos agir com cautela quando o assunto é educar, pois o educador é forma o cidadão de maneira gradativa para um convívio social de qualidade e respeito. O professor deverá organizar, um espaço prazeroso e acolhedor, para ampliar a aprendizagem motora e cognitiva da criança, estimulando a curiosidade da criança, com um ponto positivo para seu conhecimento de mundo.
Adriana Calcanhotto
Muitas vezes o planejar não é uma ação fácil de ser concluída. Devemos pensar nas diferentes crianças que devemos incluir nos objetivos do nosso planejamento, nas diferentes realidades de cada uma, nos espaços que temos disponíveis para utilizar em cada atividade e na abordagem que devemos fazer para que seja rico este planejamento. Além dos diferentes tópicos citados para pensar o planejamento, temos que passar também pela parte pedagógica da escola, no qual é avaliado tudo aquilo que foi pensado com carinho e dedicação da sua docência para seus alunos.
Bertha Lutz
Muitos são os desafios ao planejar na educação infantil. Pois, entendo que a educação não é estática, principalmente, nesta etapa. Acredito que precisamos proporcionar condições para as crianças desenvolverem diversas habilidades e competências. Explorando materiais, espaços, recursos diversos. Planejar respeitando as diferenças sociais, culturais das crianças é importante para dar oportunidade a todos de se expressarem. Planejar respeitando às linguagens que as crianças possuem e contribuindo para desenvolvimento de outras.
Maria da Conceição de Almeida
Tudo bem com vcs prezadas mediadoras??? Espero que sim. Bom, como venho falando em algumas atividades solicitadas anteriormente ainda não sou professora, estou estudando para ser, no entanto penso no planejamento de atividades escolares e conteúdos como um desafio, pois dentro desse planejamento muitos aspectos importantes devem ser contemplados, sempre colocando a criança como centro dessa atividade. Por não ter experiência pratica em planejar essas atividades, tenho dificuldade e dúvidas sobre como elaborar um planejamento. Mas acredito que o planejamento de atividades na educação infantil deva contemplar os direitos de aprendizagens presentes na BNCC para educação infantil. Sendo esses direitos: a convivência, a brincadeira, a participação, a exploração a expressão e o conhecer-se, sendo esses direitos elencados a ludicidade e criatividade.
Graziela Maciel Barroso
Eu encontrei alguns desafios que me levaram a um aprimoramento. Planejar na Educação Infantil ainda se constitui um desafio: é preciso articular as concepções de educação infantil, infância e criança minhas, da minha pedagoga, da minha direção, dos meus pares; é preciso ouvir as crianças e as demandas da instituição, além das demandas dos responsáveis; é preciso conhecer a disponibilidade do espaço e dos materiais. Enfim, são muitos desafios. Na minha docência, busco a postura da professora-pesquisadora. Eu me disponho a estudar, ler e a dialogar sobre a minha vivência com as crianças. Ainda luto contra a visão adultocêntrica que sinto estar muito presente na minha realidade. Há uma validação às atividades que são esteticamente bonitas na perspectiva dos adultos. As atividades em folha A4 ganham mais legitimidade nos planejamentos. Sinto também que há uma resistência em considerar a criança pequena, sobretudo os bebês, como sujeitos capazes. Não pode fazer atividade que vão sujar. Não pode fazer atividade que demande muito trabalho. Esse é um desafio, também porque compartilho a docência com outra professora. É difícil articular as concepções vigentes. Outra dificuldade que tenho é que muitos dos materiais não-estruturados que eu queira usar, eu tenho que providenciar. Enquanto, chega na minha sala, folhas, tintas e massinha de modelar sem ao menos solicitar. Não que isso seja um problema, mas não contribui para a diversificação dos materiais na minha prática. O problema maior da minha experiência é a estrutura física. A instituição na qual eu trabalho funciona numa antiga casa reformada. A minha sala era uma suíte. A escola funciona em superlotação. As crianças fazem suas refeições na antiga garagem, que também é passagem pela escola. A falta de profissionais no chão da escola também dificulta o planejamento. Só no ano passado, minha parceira ficou de licença médica por três vezes no ano. Foi o período que fiquei sozinha com uma turma de bebês, tendo que trocar fraldas, dar banho, oferecer as refeições e colocar para dormir. Para uma creche, são atividades que demandam mais recursos humanos. Eu busco encontrar as possibilidades dentro dessa conjuntura. O meu planejamento leva em consideração os meus saberes, os saberes das crianças e a minha realidade, tanto física quanto simbólica. Todo dia é uma aprendizagem diferente. Assim, sigamos... Beijos, Maria Tomásia Figueira Lima.
O ato de planejar é um desafio diário. A criança sempre trás questões que muitas vezes o planejamento entra em adaptação e transformação diária, sendo dinâmico e constante.
Carmen Portinho
Um dos desafios encontrados para o planejamento de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, foi especificar as áreas e competências, de acordo com os códigos, exemplo : EI01EO01. Foi preciso muito estudo para consolidar a importância dos usos desses códigos no cronograma e também no desenvolvimento da prática nas atividades. Sabemos que não dá para decorar esses objetivos, mas é necessário estar com o planejamento de acordo com o conhecimento da criança, a realidade da comunidade, e fazer as adaptações necessárias. As vezes esses desafios encontrados no caminho é a diferença na nossa vida profissional.
Adélia Prado
São Gonçalo, 08 de Outubro de 2020 Prezado Grupo de Extensão do COLEI Os desafios enfrentados pelos professores para garantir a educação básica são os mais diversos possíveis, uma vez que vivemos em um país assolado pela desigualdade social, no qual os índices de pobreza são crescentes. Ademais, para os profissionais da educação infantil o desafio se torna ainda maior, quando se trata de desenvolver planejamentos para a construção de uma identidade, uma construção com base nos gostos, sentimentos, origens, cultura das crianças assegurando sustentação para uma personalidade bem resolvida e responsável. Ainda não atuo em sala de aula, porém, faço parte do projeto de extensão na Escola Municipal Manna Júnior em São Gonçalo e acompanho a dificuldade das professoras em desenvolver um trabalho criativo para as crianças do 1º ao 5º ano, principalmente agora com as aulas remotas que são aplicadas pelo facebook. As professoras precisam se desdobrar em criatividades para tornar as aulas atrativas e assim, chamar a atenção das crianças. Em palestras no grupo de pesquisa sobre educação infantil, uma pedagoga disse: “ser professora da rede pública é usar e trabalhar a criatividade” com isso, buscar meios de interagir com as crianças inventando usando a imaginação para proporcionar e produzir juntamente com elas na sua perspectiva. Para realizar os projetos poderão ser usado matérias recicláveis ou o que esteja disponível no ambiente possibilitando adaptar, criar, montar brinquedos, jogos e atividades para o desenvolvimento dos pequenos. A literatura é uma forma de tornar a aula prazerosa, pois, por meio de interpretação e imitação dos personagens, a contação de história deixa a aula ainda mais lúdica. Essa prática pedagógica é muito usada para aguçar a compreensão e a aprendizagem, pois, o pensar junto atribui mais significado dando voz ao individuo. Pode-se usar também a brincadeira espontânea para estimular a criatividade, permitir a expressão do sentimento respeitando o desejo e a vontade da criança. Enfim, é grande a expectativa dos docentes em contribuir, mediar saberes necessários para interagir com o mundo das infâncias compreendendo as diferentes linguagens e, dessa forma as crianças organiza o pensamento, fazendo gestos, movimentos, reconhecendo e reproduzindo as histórias para a turma tornando-se sujeitos atuantes, seguros e critico capaz de argumentar e fazer a diferença no decorrer da sua vida.
Ana Pimentel
Prezadas, Heloisa e Mariana, Diante de tudo o que estudamos no presente módulo de nosso curso, considero o planejamento – mais precisamente o de aula – um momento imprescindível no qual o educador pensa e elabora suas futuras atividades, ao mesmo tempo em que retoma e reflete as ações já desenvolvidas com sua turma, num exercício contínuo de autorreflexão de sua práxis docente. Não acredito, no entanto, que seja um processo fácil, uma vez que o planejamento atravessa questões de vieses político, institucional, material... Explicando melhor, o planejamento pode tocar em carências que dificultam a efetivação de um trabalho. E isso por si só já é frustrante. A despeito disso, o planejamento deve ser feito e, para além das dificuldades, acredito que o educador deva, no fim das contas, se centrar em quem realmente importa: a criança. E não se pode pensar em planejamento sem considerar suas demandas e anseios. Portanto, penso que ser flexível, sensível e fazer uma escuta ativa dos alunos, além de muito importante, é até norteador na nossa prática. Mas quero deixar claro que isso não deve nos fazer pensar só na dimensão do “aqui-agora”. Não podemos nos resignar frente as dificuldades materiais, institucionais e políticas que atravessam o planejamento. Ao contrário, devemos continuar lutando para a efetivação de políticas públicas que garantam a qualidade – em suas mais diversas facetas – da Educação Básica.
Elisa Lucinda
O ato de planejar constitui uma importante ferramenta na hora de aplicar os conteúdos educativos e com isso articulamos o conhecimentos com os saberes das criança possibilitando assim a interação, o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais observando se os objetivos estão sendo alcançados. Os recursos utilizados devem promover o conhecimento de forma acessível a todos, a preparação do espaço, a escuta atenta do que está sendo discutido e a condução do conteúdo deve ser explorado e discutido a fim de tornar a aprendizagem prazerosa.
Daiane dos Santos
O planejar na Educação Infantil é antes de tudo olhar a sua turma como um todo e saber que cada criança aprende, vê, mexe, interage de sua maneira e que determinada atividade mesmo que melhor que seja, pode não atingir a todos, acredito que esse seja o maior desafio, o de propor atividades onde todos possam se sentir integrantes. É uma das tarefas mais difíceis para o professor saber contornar seu querer e seus planos, ao que todos os alunos precisam. Mas superado isso, acredito que nada mais impedirá ao professor de fazer um ótimo trabalho e mais sensível e com o olhar mais voltado ao seu alunado.
Maria Laura Mouzinho Leite Lopes
Bom dia, como já havia dito que no atual momento eu trabalho com a educação infantil de uma forma parcial, ou seja um tempo de 50 minutos uma vez na semana, e estar com as crianças 1 vez por semana é diferente de estar todo dia. Então contarei um pouco sobre o planejamento que eu faço para o ensino da Língua Inglesa. Eu enfrento dificuldades quanto ao apoio pedagógico escolar, embora não seja uma escola pública, a escola dificilmente disponibiliza materiais pedagógicos, eu trabalho com o livro que a escola trabalha e procuro não me limitar somente a ele. Quando comecei a trabalhar em escola eu fiz as seguintes indagações: Qual o objetivo do ensino do inglês na escola? não é o de torna-los fluentes no idioma, mas de inseri-los no universo do idioma, funções com aprender a falar o próprio nome e a perguntar, dizer as cores, as estações do ano, então eu busco sempre levar musicas com o tema, desenhos, pedir produções de matérias como por exemplo o 3º ano que trabalhamos com a temática de moradias, a formação do bairro, eles confeccionaram o que seria uma cidade dos sonhos. Eu costumo sempre deixar no meu planejamento uns minutos de folga, caso as crianças se atrasem principalmente quando tem operação policial no bairro. Nem sempre eu consigo trazer uma brincadeira, ou uma música mas tento sempre que possível tornar a aula dinâmica. Hoje em dia as crianças tem muito mais acesso a tecnologia do que na minha época, então tornar a aula interessante para as crianças é um desafio, já que os vídeos e vídeos games lideram a lista de interesses dos pequenos, e porque não usar a tecnologia ao nosso favor.
Elisa Frota Pessoa
Ainda não atuo como docente, mas penso que o ato de planejar seja um pouco difícil. Penso dessa forma, pois acredito que o planejamento em sala de aula, além do mais na Educação Infantil, seja complicado por inúmeras situações que possam acontecer ao decorrer do tempo. Porém, acredito que o planejamento seja apenas um guia.
Marisa Monte
Para mim, planejar é prever possibilidades, pensar nas particularidades da crianças, buscando equilibrar o uso delimitado dos espaços coletivos, os interesses da turma, o acervo material disponível e a perspectiva dos projetos pedagógicos da unidade escolar e da sala. A maior dificuldade está em buscar novas descobertas, novas interações com os mesmos suportes, permitindo que mesmo uma brincadeira já apresentada, uma música já trabalhada, possibilite novos saberes. Ser sempre criativa, estar sempre na perspectiva de otimizar um mesmo material, para permitir descobertas das várias áreas do saber, associada à pressão de seguir os horários da alimentação, é a parte mais constante do planejar e por isso parece que é a mais complexa, por sua constância. Creio que o verdadeiro desafio é escutar o que desejam bebês e crianças, mediando essas curiosidades e interesses com a oferta de saberes culturais da humanidade, que nem sempre as famílias lhes apresentam, para que a necessidade de conhecer se manifeste: crianças fora de contextos indígenas, podem não ter interesse algum em músicas, brincadeiras e produção artística dos povos originários, se não forem a esta apresentados, por exemplo. Essa linha tênue entre escuta e espontaneísmo, parece ser o maior desafio de um planejamento não diretivo, pautado nos eixos Brincar e Interações e a BNCC ajuda a estabelecer um norte mais claro, para a ação docente.
Vanessa da Mata
Ao planejar busco articular alguns pontos: interesses da turma, diversidade de propostas, materiais, experiências, locais para execução, sempre a partir das características da turma, ou seja, de cada criança que compõem o grupo, de modo a potencializá-los e estimulá-los. . A partir disso algumas dificuldades se apresentam uma delas é a questão da violência, pois a unidade escolar está inserida numa região onde ocorrem incursões policiais, fazendo com que a rotina seja transformada. O tamanho da mudança vai depender do tempo e também da forma como as coisas se desenrolam no entorno, mas de maneira geral, nesses dias, evito realizar atividades no parquinho ou em algumas áreas externas que considero menos protegidas. Como a unidade está localidade em uma região próxima a pelo menos 3 comunidades, quando ocorre algo em alguma, normalmente afeta a frequência, sendo também um fator para que eu modifique o planejamento. Outro desafio que tenho sentido é planejar quando a turma oscila muito em relação a frequência, pois dependendo do número de crianças vejo que acaba por desestabilizar a organização e o caminhar do grupo. Desenvolver atividades que possam proporcionar diferentes experiências com turmas com grande número de alunos, sem ajudante e sem tempo de planejamento para poder organizar também é desafiador, pois noto que algumas poderiam ser bem aproveitadas, porém levariam menos tempo para que todos participassem, se tivesse como elaborar outras formas de organização. Ao buscar o novo, o diferente, as vezes é preciso a utilização de outros materiais, quando a escola não possui e não tem verba, algumas vezes busco parceria com as famílias ou então resignifico o que tem disponível. Entretanto, apesar dos desafios, o que mais gosto é da possibilidade de um planejamento flexível, onde algo possa ocorrer, onde eu e a crianças, em conjunto possamos construir juntas um planejamento. 
Tulipa Ruiz
Boa tarde! Espero que todos estejam bem! Em primeiro lugar, considero que o planejamento requer uma preparação detalhada por parte do docente. No meu ponto de vista, ele requer toda uma estruturação das atividades, decisões e tarefas a serem implementadas no processo de aprendizagem no ambiente escolar. Como se pode ver, destacando alguns problemas que o docente pode enfrentar, cito tanto a falta de espaços adequados para aplicação do planejamento quanto a desorganização com relação aos horários da escola. Por exemplo, a utilização de materiais concretos relacionados com as atividades lúdicas, como pular amarelinha, pular corda, dentre outros, para o processo de ensino da sequência numérica das séries iniciais. Muitas vezes eu era obrigada a mudar as atividades planejadas previamente por conta da falta de uma infraestrutura minimamente adequada. Outro obstáculo era com relação a desorganização no quadro de horários para as atividades extraclasses. Ao meu ver, o planejamento participativo e estratégico é vital para a concretização dos objetivos educacionais de aprendizagem. Att, Maria Bethânia.
PREZADAS MARIANA E HELOISA, Ainda não tenho vivência em sala de aula, porém tenho um filho de 7 anos que está sendo alfabetizado, e observo muito as práticas pedagógicas da professora nesse período em que as atividades tem sido remotas e eu tenho conseguido acompanhar junto com o meu filho. A dedicação da professora é total mas vejo que seu planejamento tem saído um pouco do cronograma! A mesma tem que seguir horários da plataforma entre uma disciplina e outra, não consegue dar a aula no tempo estipulado pois os pais interrompem a aula a todo momento com perguntas desnecessárias, as aulas lúdicas praticamente ela não consegue interagir com os alunos, a aula se torna muito cansativa por ser muitas horas no computador, não se há possibilidade de utilização de outros materiais a não ser o livro didático. Um profissional de educação tem que se reinventar a todo momento. Vejo pouca mobilização dos pais mediante a essas questões do ensino remoto onde os mesmos passam a total responsabilidade para professora que não consegue atender a demanda. Contudo vejo que essa prática de planejar aulas não é um ato tranquilo. Primeiramente não depende somente da professora, pelo fato de existir a demanda da escola a qual tem que dar conta , e hoje na atual conjuntura se adequar as novas ferramentas algo que não em sido fácil.
Angela Lago

Atualmente sou diretora geral e supervisora educacional, mas por dez anos fui regente de classe. Enquanto professora da educação infantil minha maior dificuldade era não ter tempo de planejamento na escola. Sempre trabalhei em dois horários e fazer todo o planejamento em casa é desgastante. No decorrer do tempo em sala, passei a conversar com as crianças no final da aula, sobre o que tínhamos feito e o que poderíamos realizar em outro dia, isso me ajudou muito. E quanto aos recursos sempre tive uma ótima parceria com os pais e isso me ajudava muito.

Adriane Ribeiro Rosa

São Gonçalo, 21 de outubro de 2020 Prezadas Heloísa e Mariana, Como contei na carta anterior sou marinheira de poucas viagens e na hora que vou fazer o meu planejamento sempre reflito muito sobre a minha realidade de sala de aula, a rotina, as crianças e teorias, mas sempre rola um friozinho na barriga. Para início de conversa é preciso lembrar que a educação Infantil não é um depósito de crianças. A escola é um local de educar e cuidar. Ensinar crianças pequenas envolve uma rotina, um planejamento que tem como pilar principal a brincadeira e a interação. Pensar atividades prazerosas com materiais diversificados proporcionando aos alunos novas e ricas experiências. Lembrando sempre que não escolhemos somente conteúdos a serem passados, tudo faz parte de todo um processo de acompanhamento onde diagnosticamos os avanços e dificuldades de toda a turma e também de cada criança levando em consideração as particularidades e a especificidade de cada individuo, já que cada uma tem seu modo de conhecer, explorar, imitar, de agir, pensar e sentir. Portanto é preciso ter no planejamento o cuidar, a alimentação, a limpeza e a higiene como atividade atrelada a rotina, estabelecendo uma relação com estímulos e desenvolvimento das crianças através das experiências vivenciadas no dia a dia, deixando sempre espaços para o brincar livre, recordando sempre que no planejamento é preciso deixar lacunas caso surjam imprevistos. Contudo a realidade que tenho é de uma sala de aula em um ambiente privado, que tem bastantes crianças para duas professoras, normalmente vou realizando as atividades com pequenos grupos e às vezes no coletivo. Gosto muito de fazer rodízio com os brinquedos, e com atividades diversificadas nas mesinhas. Os momentos de rodinha são sempre prazerosos e de muita interação. Um grande abraço, Helena Kolody.
É um imenso prazer falar com vocês e compartilhar um pouco da minha história de desafios em planejar para educação infantil. Não basta gostar de criança precisa de formação e formação continuada. Um dos desafios que enfrento é conviver num espaço todo cimentado e pequeno, a minha sala atual é de vinte metros quadrados para 22 crianças, não tenho mobiliário que atenda a todas as crianças são 10 cadeiras e três mesas para 22 crianças. Não temos também um espaço de área verde, terra, para explorar a natureza, uma pracinha pelo menos ao redor da escola para desemparedá-los. Com isso o planejamento se restringe a uma horta suspensa com poucos recursos. O momento do parquinho organizado em 30 minutos, se eu quiser fazer uma brincadeira estruturada não dá tempo. Isso me angustia. A cada planejamento tudo tem que ser planejado acanhadamente dentro do possível a ser feito. Busco sempre organizar de forma que atenda bem as necessidades das crianças. Às vezes fazendo milagres. Com carinho, Marilda Sotomayor.
Curitiba, 25 de outubro de 2020. Caras professoras e colegas Pensar o planejamento tem sido um grande desafio! Trabalhando em duas redes distintas, vivo dois momentos bastante diferentes no que diz respeito ao planejamento e suas formas de registro. De manhã trabalhando em uma rede que possui uma caminhada mais longa na Educação Infantil, na qual o novo documento curricular acaba de ser lançado, estamos trabalhando com uma concepção mais aberta de planejamento. Nele temos que pensar em três dimensões do planejamento, e temos que levar em consideração neles aspectos relacionados a intencionalidade do professor e a organização dos tempo, grupo, materiais e espaços, sempre tendo o cotidiano como referência para as propostas. De tarde, em outra rede, estamos em momento de estudo sobre o planejamento, e nesses estudos nossa mantenedora aponta na direção de busca por um “modelo” mais sistematizado de registrar o planejamento, mas ainda pensando no cotidiano das crianças. Em minhas reflexões pessoais, tenho buscado pensar o planejamento sempre como um convite, e que, portanto, pode ou não ser aceito. Assim, consigo pensar em diferentes possibilidades de “desenrolar” uma mesma proposta, de acordo com as pistas que as crianças vão trazendo durante nosso dia a dia. Desta maneira meu planejamento tem se constituído muito mais de perguntas, do que de respostas. Além disso, nele tenho buscado contemplar, além dos eixos da brincadeira e das interações, os direitos de desenvolvimento e aprendizagem (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se) e a valorização e qualificação das ações de cuidado e atenção individual das crianças (momentos de alimentação, descanso, higiene, por exemplo). Pensando na complexidade das experiências das crianças, consigo perceber que preciso pensar em propostas que circulem pelos diferentes campos de experiências, de forma que eles não sejam compartimentados ou transformados em disciplinas. Mas ainda não “encontrei o lugar” deles no registro do planejamento. Das muitas incertezas que hoje tenho sobre o tema, quatro coisas me parecem (neste momento) inegociáveis: 1) Preciso conhecer minhas crianças; 2) Preciso conhecer os documentos oficiais orientadores do nosso trabalho; 3) Preciso estudar muito, sobre o desenvolvimento das crianças, sobre as diferentes abordagens de educação, sobre os processos de ensino, de aprendizagem e de desenvolvimento humano; 4) Preciso estar junto de outros professores e professoras, que estejam também inquietos e disponíveis à troca de experiências, para construir novas formas de ser estar com as crianças e apoia-las em suas investigações e descobertas. Não resta dúvidas de que tenho um longo caminho de desafios pela frente, então seguimos em busca do melhor... Abraço carinhoso Maria Quitéria
MARICÁ, 27 DE OUTUBRO DE 2020 Olá, no momento não estou trabalhando, faço Pós-Graduação na UERJ-FFP Educação Básica em Gestão Escolar. Tive a minha primeira experiência como educadora a pouco tempo e foi difícil. Peguei uma turma com 32 alunos no terceiro ano do ensino fundamental o qual passaram o ano até o final de setembro do ano de 2019 sem professor. Uma turma grande, com muita defasagem de conteúdos e de série-idade, numa escola pequena o qual, o pátio é o refeitório. Os alunos não tem como brincar ou fazer qualquer que seja a atividade fora da sala de aula, pois sempre tem uma turma que esta no horário do recreio e não tem espaço por causa das mesas para lancharem e o que sobra de espaço é muito pouco, as crianças ficam em pé conversando. Não dá para correr, pular, brincar entre outros. A sala de aula é quente demais e apertada para tantos alunos. Eu passava no corredor de lado e com cuidado para não derrubar os materiais nas mesas e não esbarrar nos alunos. Tentei algumas vezes fazer atividades que planejei em casa fazendo rodas e foi complicado, tinha que colocar umas mesas em cima da outra e fazer a atividade em pé ou fazer uma roda dentro da outra roda para caberem todos, isso distraía demais os alunos, fazíamos muito barulho. Outra tentativa foi colocar os alunos em duplas para fazerem as atividades que estavam impressas, uma forma de uma ajudar e orientar o outro, conversarem e tirarem as dúvidas entre eles e comigo. Esta foi a que deu mais certo. Porém não era possível fazer todos os dias, pois se distraíam e acabavam ficando agitados. Estavam acostumados a ficarem em fileira um atrás do outros durante o ano inteiro. Em outra tentativa eu passava projetos de eles em grupos fazerem uma atividade lúdica que eu havia programado, gostavam muito. Circulavam pela sala, conversavam e concluíam os trabalhos. Em relação ao material necessário para as atividades o meu maior desafio foi conseguir imprimir as atividades na escola pois, o meu planejamento caia por água a baixo quando pedia para imprimir, era uma contensão de folhas. A impressora sempre dava defeito com a internet que parava. Acabava que o que eu tinha planejado para ter agilidade na aula, eu acabava tendo que escrever no quadro e esperar horas eles copiarem, pois, não tinham agilidades nas mãos pela falta do professor durante o ano. A diretora da escola e a Orientadora Pedagógica é que davam as aulas, por este motivo as atividades eram impressas, quando chegou a minha vez, elas diziam que eu tinha que escrever todo o conteúdo no quadro para eles copiarem, que eram rápidos e faziam todas as atividades. E eu acreditei, não era verdade. Em relação ao espaço, totalmente limitado. Acabamos que por muitas das vezes termos que ficar criando, elaborando e planejando atividades somente para serem feitas na sala de aula, só saímos da sala de aula por duas ou três vezes o qual foi pedido para fazer apresentações de comemoração de aniversário da escola e outra que não me lembro. Demais fiz, atividades lúdicas com eles em sala mesmo. Desejo sinceramente, quando retornar a sala de aula, encontrar uma escola melhor planejada a atender as necessidades de aprendizagem dos alunos. Que espaço para fazer socialização, brincar, correr, gastar energia e fazer atividades de aula com ludicidade usando o corpo para as descobertas e não somente papel e lápis de cor, cola, tinta e tesoura.
Elis Regina
A partir da minha percepção, o planejamento na educação infantil é importante a fim de nortear os objetivos de ensino-aprendizagem para determinada turma – lembrando sempre que cada criança é única. Acredito ser um momento importante, que promove a reflexão sobre as infâncias, e que pode visar alçar projetos mais transcendentes e profundos. Ao planejar, deve-se ter a pretensão de que o planejamento aconteça de acordo com as demandas da criança, e não ao contrário. É importante também visar que a criança possa ser criadora, e que esta, não seja restrita aos planejamentos que não a permitam exercer sua cidadania, o seu brincar e criar. Que através das vivências possa extrair a aprendizagem, criando diversas possibilidades a partir de um determinado tema. O planejar, ao meu ver, ao mesmo tempo que parece uma prática tranquila, carrega a dicotomia de colocar o docente em contínuos desafios de deparar-se com o novo, de sair da zona de conforto e de conhecer bem a dinâmica de cada criança. Assim como, de gerar o incômodo dos questionamentos e o desejo da pesquisa. É importante o professor ser também, um observador, a fim de conhecer bem a personalidade e o desenvolver de cada discente. E então, elaborar a melhor estratégia para provocar nele, o encantamento pelo saber. E não, somente, tentar “enfiar” um planejamento “goela abaixo” da criança, sem antes mesmo percebê-la como o ser único e diferente que é. 
Cristina Ortiz
Na carta de hoje, gostaria de refletir a minha experiência sobre o planejamento na educação infantil. A princípio, para aquele que não entende a educação infantil como uma etapa que objetiva o desenvolvimento integral da criança, pode parecer algo fácil. Talvez isso passe a ideia de que tudo pode pelo simples fato de entendê-las como tão novinhas, desprovidas de experiências. Realmente tudo pode! Mas esse tudo deve ter o olhar atento ao que as crianças estão ansiando. Esse tudo deve ser pensado de modo a provocar nas crianças diferentes possibilidades de ação e percepção do mundo que nos cerca. Já esclareço, também para os que pensam que o professor na educação infantil executa seu planejamento tal como pensou, passo a passo, tudo certinho, cronometrado, que não é bem assim! A cada dia, a educação infantil nos oferece um turbilhão de experiências! É muito comum ter um planejamento todo organizadinho e ao chegar à sala, com a demanda das crianças naquele dia, o professor tenha que repensá-lo rapidamente. Às vezes uma atividade que nos parece tão corriqueira, as crianças se envolvem de tal maneira, desenvolvendo conexões que não pensávamos ser possíveis. Neste momento, é preciso ter a sensibilidade de rever o que foi planejado de forma a atender aos interesses da turma. Outros fatores também influenciam no planejamento como as emergências na infraestrutura das escolas como a falta d’água, quando se pensou numa atividade com tinta ou terra. Se uma criança não passa bem e nos demanda maior cuidado, certamente nosso dia não será como o pensado. Há de se considerar a estrutura de algumas escolas como sala de aulas pequenas, pátios pequenos e próximos à janela das salas. Tudo exige do professor sensibilidade e sabedoria para lidar com estas questões no seu dia a dia. Para finalizar, gostaria de compartilhar uma experiência muito positiva que tenho na escola onde trabalho e que também tive na escola onde trabalhei anteriormente, ambas da rede municipal de Niterói: a garantia de 1/3 da minha carga horária para planejamento individual e coletivo. Ter este momento auxilia no contato com outros professores e equipes para discussões mais amplas comuns às turmas, possibilita o diálogo e a troca com pares em momentos específicos e mais tranquilos que a sala de aula, além da possibilidade de poder investir na minha formação continuada. Sei que alguns professores ainda não tem esse direito garantido, por questões específicas de suas unidades, mas desejo que isso tão logo seja superado. Até breve, Lygia Bojunga
Maricá, 27 de outubro de 2020.
Olá,tudo bem professoras? Bem, sou professora de educação infantil (atuo em turma de pré escola) e meu primeiro desafio é ter horário de planejamento ! Sinto falta de parceria entre as professoras ( rola uma disputa pedagógica desnecessária ) de querer mostrar que trabalha " melhor". A falta de recursos também dificulta o planejar e acima de tudo, a gestão se torna omissa nesse aspecto e cabe ao professor " tirar do bolso" recursos para conseguir dar uma aula bacana. 
Beth Carvalho
Planejar a princípio era complicado, porém no decorrer do meu trabalho fui percebendo o quanto era importe esse ato. Através do planejamento defino metas e objetivos que posso analisar e observar se fui capazes de atingir e melhorar o que não foi bem sucedido. Também me ajuda a perceber como está meu desempenho e refletir sobre minha prática, adaptando e melhorando meu planejamento.
Cecília Meireles
Considero o planejamento na educação infantil muito difícil, pois há um descrédito imputado a educação de crianças pequenas, principalmente, quando não utilizamos metodologias mais tradicionais e trabalhamos com as diferentes linguagens e com a brincadeira. Bem sabemos que somente um planejamento detalhado da rotina fará com que a Educação Infantil atinja os seus objetivos. Na formação universitária há pouco espaço para a educação infantil, então, o planejar no meu caso, foi aprendido no ambiente de trabalho. Minha primeira experiência em sala de aula, a escola seguia uma metodologia bem rígida, reproduzindo um modelo curricular em que a divisão de conteúdos por áreas do conhecimento era regra - o que não condiz com os objetivos de aprendizagem para os menores. Isso acaba por oferecer uma péssima formação em serviço e se não temos uma boa base de aprendizado e formação continuada fora desse espaço, acabamos por incorporar essa práticas mais simplistas e prontas para a educação infantil. Para um bom trabalho nessa etapa, o planejamento em conjunto é uma excelente alternativa, pois assim, o ato de reflexão em grupo aprimora o trabalho e acaba por incorporar outras questões que são fundamentais para o planejamento pedagógico: a gestão do espaço, a gestão democrática, a escuta do alunos e o trabalho em equipe.
Fernanda Young
O ato de planejar é fundamental na educação infantil e também um desafio, pois muitas são as questões que atravessam o planejamento. O espaço é uma delas. Nem sempre é possível uma brincadeira, experiência fora da sala de aula, pois o pátio é compartilhado com o ciep sendo necessário um acordo de horários. Algumas vezes, também falta um pouco de iniciativa dos sujeitos envolvidos em querer fazer dar certo. Já partem do pressuposto que será trabalhoso, vai fazer muita sujeira, não terá tempo suficiente para a interação devido a rotina fechada da creche. A questão da sujeira também é uma problemática devido a falta de um quantitativo de pessoas envolvidas na limpeza. Na creche em que trabalho, por exemplo, apenas uma senhora é responsável por todo serviço o que dificulta muito o planejamento de algumas atividades. O tempo de interação pedagógica também é reduzido, pois como informado em outras cartas, nossa rotina é de acordo com a do ciep então os horários são fechados e tudo é bem corrido. Pensar numa proposta decolonial de educação, desemparedada conforme propõe Lea Tiriba é muito importante, principalmente, no contexto da educação infantil. As crianças ficam em horário integral dentro da sala de aula com pouquíssimos momentos de pátio para brincarem livremente e o nosso planejamento é o instrumento que proporcionará essas experiências significativas e bons encontros. Nesse sentido, é o planejamento que vai garantir o cumprimento das DCNEIs cujo eixo do trabalho na educação infantil são as interações e brincadeiras tendo as crianças como sujeitos de relação e protagonistas do processo e que os direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil presentes na BNCC sejam garantidos.
Raimunda Putani Yawnawá
O planejamento do trabalho pedagógico é um direito nosso de educadores previsto em lei inclusive , mas que constantemente precisamos lutar, reivindicando a garantia deste momento durante a nossa carga horária de trabalho. Sou professora da rede municipal de educação de Niterói há seis anos na primeira matrícula e há um ano e meio na segunda, o planejamento sempre foi motivo de luta e situações de assedio moral por parte das gestões que sem ter como garantir o 1/3 de planejamento e sendo cobradas pela equipe de professores em geral buscava na violência verbal no velho e antigo " sabe com quem você está falando" ou como em uma situação que uma colega professora ao reivindicar este direito ouviu a seguinte frase da diretora "filhinha pode existir a lei, mas é assim que funciona aqui, não está satisfeita a porta da rua é a serventia da casa". No ano passado ao mudar de escola e de segmento de ensino, saindo do Fundamental para a Educação Infantil percebei que para nós professoras da educação infantil esta reinvindicação é ainda maior, o descumprimento do direito de planejar começa desde a FME que convocou professores parciais para unidades integrais e não concede o planejamento coletivo para os professores do turno da manhã, e muitas unidades não concedem nem mesmo o planejamento individual dos professores. Na UMEI Dr. Paulo Cesar de Almeida Pimentel que no ano passado trabalhei apenas no turno da manhã, a direção e a pedagoga num esforço delas próprias disponibilizavam o planejamento coletivo, ainda assim este momento muitas vezes era atravessado com as questões cotidianas da escola não podendo ser realizado plenamente, mas pelo menos havia o esforço e a garantia deste momento. Nesta unidade também são assegurados os horários de planejamento das professoras e priorizado que as duplas planejem juntas o trabalho a ser desenvolvido. Em se tratando de bidocência parece-nos óbvio que as duplas planejem juntas correto? Mas isto é mais exceção do que regra. Na outra UMEI que trabalhei no turno da tarde, a qual não convém mencionar o nome, o único planejamento garantido era o planejamento coletivo das quarta-feira a tarde pois as crianças não estavam na escola, do contrário nem mesmo a hora do almoço das professoras integrais era assegurado, era muito comum no grupo do whatsApp da escola as professoras pedirem "socorro!" para que pudessem ao menos ir ao banheiro no horário entre 12h e 13h. Após muitas reinvindicações a direção fez uma tabelinha de planejamento que em geral era individual, porém como a direção não assegurava a presença de outro professor para auxiliar as colegas durante a ausência da professora que estava no planejamento era muito comum não sairmos. No meu caso por exemplo, meu planejamento era as 2as e 6as das 16h as 17h, horário mais tenso pois estávamos organizando as crianças para a saída, na nossa turma especificamente que era do GREI 01 a ausência de menos uma professora tornava este momento caótico, então eu nunca descia para planejar, até porque não fazia sentindo planejar um trabalho que era desenvolvido coletivamente sozinha. Eu e minhas parceiras planejámos aos sussurros enquanto as crianças dormiam isso quando dormiam, no GREI 01 as sonecas não seguem necessariamente a uma rotina predeterminada e nós compreendíamos perfeitamente, as crianças que não dormiam tinham nossa atenção com uma brincadeira, um carinho, para que não acordassem o restante do grupo. Considero muito importante o espaço do planejamento tanto da duplas como coletivo pois temos que estar prontas para o nosso encontro com as crianças, considero importante que o planejamento também leve em consideração a participação das crianças, que tenha uma observação atenta do cotidiano e de tudo que acontece. Uma observação da criança ou uma fala na rodinha acabam virando projeto de trabalho.
Mallu Magalhães