Olá! O ano de 2021 infelizmente a pandemia se manteve e diante dessa situação continuamos com a dinamização da formação virtual. E neste espaço compartilhamos com vocês as primeiras cartas escritas pelas participantes! :)
meu nome é Carla tenho 41 anos cujo 25 foram como professora de Educação Infantil. Por 10 anos trabalhei no estado de Minas Gerais como estagiária do Magistério 2º grau e do Magistério Supeior, a 15 sou da rede de Petrópolis.
Como entrei muito nova em uma sala de aula ( sendo a professora regente) era tudo muito difícil mas leve também porque eu também era uma criança. e quando cheguei na rede pude vivênciar a experiencia de relamente me sentir uma professora de verdade valorizada. com isso veio as resposabilidades , os cursos , as aprendizagens e os desafios de trabalhar com objetivos muito bem estabelecido e cobranças de resulatdo frente a escola e as famílias.
Meu maior desafio foi entender que não havia um método pronto e certo para ensinar, que eu tinha que criar o meu próprio modo com o que eu percebia que dava mais certo. E assim eu fiz até me sentir confortável.
Hoje minhas maiores dificuldades ainda são o currículo ... o que devemos ensinar? A BNCC trouxe um norte, porque antes estava tudo meio bagunçado, mas ainda escuto que tenho que ensinar letra cursiva na educação inafantil quando uma criança que não conseguiu fazer a transcrição chega no final do segundo ano...é culpa da educação infantil que ensinou letra bastão.
As famílias esperam um ensino voltado a repetição de exercícios em folha não compreendem a importância de assistir vídeos, fazer exercícios físicos ou um trabalho com sucata. Muitos pais valorizam mais as escolas que enviam para casa um envelope lotado de atividades impressas onde aparecem letras, números e palavras do que a escola que trabalha de forma lúdica.
Para trabalhar na Educação Infantil nessa época é necessário muito mais engajamento e amor pela profissão. É necessário pensar ainda mais no dever como profissional e como pessoa. Agora mais do que nunca precisamos conquistar no dia a dia o carinho dos responsáveis que não estão presentes ou que não concordam com o trabalho que está sendo feito, procurar se colocar no lugar deles e entender o que está faltando para melhorar. Em relação as crianças por serem tão pequenas e dependerem do adulto para estarem participando e interagindo precisamos cativar esse adulto para que eles nos permitam "entrar" nessa casa e tocarmos de uma certa forma essa criança que está sempre aberta a conhecer coisas novas, aprender de diferentes formas e interagir com o outro mesmo que seja virtualmente.
O cotidiano infantil em si é um universo mágico a ser
desvendado.
Chegar ao centro de educação infantil é abrir um novo mundo, onde você deixa do
portão para fora os pesos e se insere num ambiente onde certamente o dia a dia
traz mais felicidade.
Quem nunca chegou despenteada, num dia não tão bom e ouviu: tia você está tão
linda hoje!
Não que não haja desafios do portão para dentro, existem certamente. Mas, para
mim nesses 22 anos de prática, o que sinto e vivo é a grandíssima dificuldade
que as pessoas possuem em valorizar a educação infantil. Somos desvalorizados,
minimizados como sendo um trabalho fácil, muitas vezes tachados que a criança
só vai a escola para brincar. Até mesmo pelos profissionais que estão nas
turmas maiores.
Esse é o maior desafio, quebrar esse paradigma.
Prezados amigos do COLEI,
Grandes são nossos desafios, desde o início, com muita teoria, mas pouca experiência de prática pedagógica e vivência da realidade de uma sala de aula...falta de recursos, por vezes sem apoio para projetos, sem até material básico, como papel higiênico...mas, tudo é superado com a determinação e empolgação dos professores.
Já tínhamos muitos desafios, e encontraremos uma nova realidade ao retornarmos no pós pandemia...como será? Ainda não tenho a resposta, mas vou ser sincera, por vezes percebo a ansiedade tomando conta, mas preciso me acalmar, para saber como agir com calma e confiança.
Acredito que um dos maiores desafios que enfrento enquanto educadora é a conscientização de toda a comunidade escolar sobre a importância do brincar e explorar na Educação Infantil.
Por quê?
Porque algumas pessoas, infelizmente, ainda enxergam essa etapa tão importante como uma pré escolarização, achando que atividade é apenas a que utiliza papel e seja voltada para o desenvolvimento da escrita.
Para mim, esse é um dos não res nós.
Até a próxima!
Cara Educação Infantil,
você me provoca, me desafia, me tira das rotinas que estabeleci para minha programada vida. Fez em quando, me deixa louca e/ou preocupada.
Nos momentos em que tive a audácia de achar que tinha um controle muito grande sobre a minha vida, achei que eu ia me adaptar mais no Ensino Médio. Doce ilusão, não lido bem com pessoas totalmente autossuficientes (kkkkkk). Então, fui convidada para dar aulas particulares para meninos gêmeos que não podiam frequentar a escola. Eles tinham 3 anos. Fiquei completamente apaixonada. Fiz Pedagogia por sua causa Ed. Infantil. Mas meus primeiros anos na escola pública me mostraram que você nem sempre ia ser tão magnífica quanto meus alunos particulares. Com você enfrentei alguns municípios diferentes e realidades BEM distintas. Percebi que nas escolas* de bairro, um pouco menores, voltadas só para sua faixa etária, o mundo é lindo, colorido, cheio de brincadeiras e rotinas que são quebradas por festas, apresentações das outras turminhas, brincadeiras de roda, filmes, comidinhas gostosas e famílias que são conhecidas pelo sobrenome e história. Já em escolas maiores, a rotina é tão rígida que não abre brechas para a curiosidade e espontaneidade. Se ela não for seguida a risca, alguém não vai comer, alguém não vai tomar banho, alguém não vai brincar no parquinho. Apesar das tentativas incansáveis da equipe pedagógica de promover a infância de maneira casual, tudo era tão engessado! Porque era muita criança para “dar conta” e muitos profissionais envolvidos no trabalho árduo. A dificuldade nesses mega ambientes sempre foi colocar você, Educação Infantil, quase num modelo fabril. Ninguém saía satisfeito: nem a direção, nem os professores e muito menos as crianças.
Dentre os inúmeros “socos no estômago” que você me deu nesses cinco anos e pouco que te acompanho, o que mais doeu foi a fome, a miséria. Eu já escondi biscoito e laranja nas mochilas das tuas crianças. Eu já fiz campanha de roupas, papel higiênico e “Maizena” na minha família para levar para a escola. Quantas vezes eu quis trazer tuas crianças para a minha casa, na intenção de proteger e dar conforto. Quando você (E.I) entrou na minha vida, não deu pra administrar a minha profissão de maneira contratual. Eu me envolvi emocionalmente e maternalmente. Como não fazê-lo? Eu vi crianças de dois anos com urticária de fralda de dois dias no corpo sem trocar. Entende? Você não foi feita para os fracos e é um ingênuo quem pensa que você é só lindezas. Algumas vezes, você é até cruel. Mas quando brilha, é reluzente! É inesperada e é entusiasmo puro! Por isso eu não te abandono e sigo aprendendo para te dar o meu melhor.
Com carinho e sempre buscando,
Priscila V. Gomes.
PS: *quando ler “escola” pense sempre em “escola pública”. Nunca trabalhei em instituições particulares.
Venho através desta carta, com mais inquietude pela pergunta, do que propriamente pela resposta, tentar escrever algo.
Penso que os desafios possam ser pessoais, espaciais, institucionais, teóricos e práticos, sociais, educacionais e vários outros num cotidiano de alta complexidade e variável como a escola e os seres humanos.
Creio que neste momento , os meus maiores desafios estejam sendo fazer com que alguns pais entendam a educação infantil como etapa fundamental e de alicerce para o processo educacional de seus filhos; mesmo através de aulas online, Plataformas e apostilas.
Já os desafios que enfrentarei, serão muitos, mas penso principalmente, em como lidar com as várias transformações internas e externas pelas quais passaram esses alunos e suas famílias num contexto pandêmico.
Com que crianças e alunos estarei lidando em 2021, após 2020?
Deixo a você, um grande abraço e a certeza de estar com essa carta, retumbando em minha mente!!!!
Até breve!
Eles olham e vêm apenas uma brincadeira, e por isso não dão importância nem valorizam o ato de brincar, mas busco levar a compreensão deles que por trás de uma brincadeira de faz de conta, alinhavo, blocos de encaixe, massa de modelar, entre outras tantas que poderia citar do cotidiano da Educação Infantil, há diversos campos de experiência sendo desenvolvidos, que auxiliarão no processo de aprendizagem das series futuras.
Para olhar de leigos a Educação Infantil é só brincar e que esse brincar não tem tanta importância ou não fará diferença, mas procuro fazer com que compreendam a importância de pular, baixar, rolar. Que com isso estão desenvolvendo suas habilidades motoras muito importantes para o seu desenvolvimento. Esse é um desafio que acredito que surgirá ainda ao longo de muitos anos pelo conceito que muitos tem de a respeito do processo de aprendizagem na Educação Infantil.
Às amigas queridas do Colei
Bom dia, pessoal
Meu nome é Jaciana e sou professora de uma turma de 5P de um Centro de Educação Infantil da Cidade de Petrópolis que fica em Corrêas. O Cei é grande, tem aproximadamente 250 crianças, atendendo alunos de 3 a 5 anos em período parcial e integral.
Minha trajetória na Educação Infantil começou quando fui diretora de outra escola que não tinha este segmento educacional. Mas na comunidade que a instituição estava inserida havia uma grande demanda . Então eu, junto com os pais e a Associação de Moradores de Vila Rica, batalhamos e conseguimos implantar 2 turmas de 4P e 2 turmas de 5P . Uma vitória.
No ano de 2017 por motivos pessoais decidi assumir uma turma de Educação Infantil numa turma de 5P em um CEI próximo de minha casa. Eram 20 alunos , em horário integral , porém eu ficava 4 horas com as crianças no turno da manhã e tinha uma educadora que me auxiliava. Voltar à sala de aula depois de 12 anos como diretora foi uma conquista .
Em 2018 lecionei para uma turma de 4P. Encontrei muitos desafios:
1- Primeiramente, trabalhar com uma educadora que pensasse da mesma forma que eu.
E fazê-la entender que a creche é uma instituição de ensino e que ela faz parte deste contexto mesmo, muitas vezes, não tendo formação para isto.
2- Depois a rotina de uma creche é diferente de uma escola. O processo educativo se mistura com o cuidado: hora de comer, de dormir, de arrumar as camas... Uma dinâmica que precisa ser muito bem coordenada pela professora e pela educadora para que as crianças se sintam acolhidas e estimuladas a aprender. Na hora da atividade você em alguns momentos tem que parar para dar o desjejum. Tem que sair com as crianças da sala para que se arrumem as caminhas. Tem que fazer silêncio para não acordar as crianças de outras turmas que já estão dormindo.
3- Os pais das crianças em sistema integral precisam ser insistentemente estimulados a participar do processo educacional de seus filhos : a fazer as atividades de casa, a comparecer a reuniões, a participar de projetos, a ler com eles e para eles. No início de 2020, antes da pandemia, fiquei com uma turma parcial e vi como estas famílias são mais participativas.
4- A falta de espaço para brincar seja dentro das salas quanto em brinquedotecas, bibliotecas ou pátios e parques. Geralmente são imóveis adaptados não construídos para serem creches e ficam muito limitados , limitando também os espaços de convivência e estímulo das crianças.
5- A falta de quantidade suficiente de brinquedos para estimular as crianças. Geralmente eu e minha educadora fazíamos de sucata ou comprávamos em um bazar com nossos próprios recursos.
6- As inclusões são grandes desafios. A falta de assistência multidisciplinar, a distância dos centros de estimulação( a nossa creche fica a 30 minutos do centro da cidade) , a dificuldade de atendimento especializado pelas famílias e o meu próprio despreparo para lidar com as particularidades de cada um. Na minha turma tive aluno com microcefalia, TDAH, autismo. Mesmo lendo e estudando muito é difícil para mim oferecer uma educação de qualidade para essas crianças e para os outros ao mesmo tempo. Mesmo com o auxílio da educadora.
7- A falta de uma orientação pedagógica que te sinalize qual é o melhor caminho a seguir dentro do processo ensino aprendizagem . Geralmente as orientadoras das creches auxiliam as diretoras em questões administrativas e ficam preenchendo levantamentos para a Secretaria de Educação , deixando de lado sua principal função que é ajudar a direcionar a prática pedagógica.
Agora já estou no meu 4º ano com a Educação Infantil. Só que , com o ensino remoto, os desafios aumentaram. Como fazer uma aula estimulante para as crianças sem cair na repetição? Como trabalhar com aqueles que nem acesso a internet tem , ou nem celular tem? Como auxiliar crianças que precisam da família para fazer parceria comigo no processo educacional mas que têm uma família ausente ?
Sei que são muitos os desafios mas vejo que a Educação Infantil é uma etapa de encantamento para mim . E tem muitas coisas legais que acontecem e que vem acrescentando muito na minha vida profissional . Vejo que os governos já a estão reconhecendo como uma etapa essencial na construção da aprendizagem das crianças.
Puxa, acho que falei muito. Dá próxima vez vou ver se escrevo uma carta contando inúmeras conquistas que tive na Educação Infantil. Enfrentar os desafios, buscar superação , motivação e estudar é o que busco para melhorar minha prática
Um beijo no coração de cada uma de vocês .
Saudações!
Diante da situação atual de pandemia, percebo que as crianças da educação infantil, estão perdendo o contato com os amigos, esquecendo da rotina escolar, priorizando tablet e desenhos ofertados pela internet, deixando na lembrança as brincadeiras ternas e sábias da infância. Penso, que meu desafio principal, será resgatar a alegria, o aprendizado e a troca , que existe em plenitude na convivência proporcionada no ambiente escolar, adequando as novas exigências , trazidas pelo COVID.
Desde já agradeço a atenção e carinho!
Grande e afetuoso abraço!
Adoro estar trabalhando na Educação Infantil, sempre temos muito o que aprender com os pequenos, ainda mais agora com as novas tecnologias que eles dominam muito mais rapidamente do que alguns de nós professores. Esse é um outro grande desafio que tenho enfrentado, me atualizar frente as novas tecnologias, para poder dialogar com as crianças e criar atividades que despertem o interesse das mesmas.
Prezadas Professoras,
A cada ano que se passa percebo uma grande mudança em nossas escolas, não somente em nossos alunos e responsáveis mas, em nós mesmos.
Enfrentamos vários tipos de desafios financeiros e emocionais, que às vezes reflete até mesmo na nossa vida pessoal.
Recebemos crianças que não tem uma estrutura familiar, financeira, não tem vínculos afetivos, crianças com medo de serem amadas.
E há o oposto também, crianças bem cuidadas, alimentadas, acarinhadas. E para qual criança dar mais atenção? Já que são tantas.
Temos que crianças que sabemos que vão para a escola só porque os pais precisam trabalhar, e a criança precisa se alimentar. Os pais não se interessam muito pela Educação do seu filho, por isso é preciso despertar esse interesse nesses responsáveis.
Outro problema que enfrentamos é a falta de material e a falta de estrutura das escolas, principalmente nas escolas públicas.
Mas fico feliz em estar presente na vida dessas crianças.
Um forte abraço.
Queridas colegas cursistas.
Nesta carta que me proponho a escrever neste dia, refletindo um pouco sobre nossos desafios e enfrentamentos do cotidiano,aproveito para refletir sobre as dificuldades de retorno à unidade escolar pós pandemia.
Acredito que nossas preocupações, como professores, se mostra muito além do conteúdo que ficou a ser desenvolvido. Precisamos nos preocupar com o emocional das crianças. Muitas delas perderam parentes muito próximos como pais, tios, avós, amigos da família. A vontade de estar perto dos amigos, primos e outros parentes próximos e não ser possível vê-los, vem trazendo mais carências afetivas e irritação.
Nós, enquanto professores deveremos ter bastante sensibilidade para acolher as necessidades de cada aluno e tentar ajudá-los neste equilíbrio emocional. Desde já podemos trabalhar histórias que mostrem as emoções tais como: alegria, tristeza, raiva, dentre outras para que os alunos saibam discernir o que sentem e qual a melhor forma de expressar o que sentem sem prejudicar os que estão ao seu redor.
Resumindo: nosso desafio está relacionado ao emocional dos alunos.
Ser professora sempre foi um sonho, mas, é muito mais complexo que imaginamos. No Normal, na Faculdade ou Pós não temos ideia do que enfrentaremos, pois não existe manual para um mundo de possibilidades que podem ocorrer em uma sala de aula. É uma construção diária e árdua. Muitas questões surgem o tempo todo e, para darmos conta, é necessário criatividade e estudo. Sim, não paramos de estudar. Se fosse só isso seria ótimo, mas o desafio maior é colocar a teoria em prática. Principalmente, no que diz respeito a lidarmos com alguns comportamentos das crianças, que são reflexo de problemas sociais, e que podem desestabilizar uma turma e a professora.
Olá,
Comecei a pensar sobre a questão apresentada e preciso fazer distinção entre os desafios que percebi no cotidiano da realidade que vivíamos antes da pandemia, na vida "normal" e os novos desafios que foram acrescentados com a chegada da pandemia.
Um dos desafios que sempre percebi é o de alcançar as famílias, fazer com que entendam a importância da Educação Infantil, que as crianças não vão para a escola apenas "para brincar" ou que a creche é o lugar onde a criança fica apenas para os pais trabalharem. O trabalho na Educação Infantil vai muito além das paredes da escola. Percebi que muitas famílias não tem noção da seriedade da infância, da importância de se olhar com respeito e atenção para uma criança.
Com a chegada da pandemia, sinto que ficamos um pouco mais perto das famílias, elas entraram na nossa casa e nós entramos em suas casas. No entanto, muitas ficaram perdidas no caminho por inúmeras dificuldades. Agora, além das dificuldades de antes, precisamos pensar muito bem nas propostas, pois muitas vezes as famílias não têm material suficiente para realizar atividades importantes nesta etapa. A falta de tempo dos responsáveis em fazer com a criança também é outro obstáculo. Eu percebo que quando a atividade que proponho é em folha, o retorno é maior, porém quando proponho algo mais lúdico, algo manual, por exemplo, recebo poucas devolutivas.
Por fim, vamos seguindo e tentando superar as dificuldades. Quando retornarmos ao presencial, acredito que teremos mais desafios. Mas vamos buscando recursos e meios de alcançar as crianças e famílias.
Seguimos...
Cara professora de Educação Infantil,
Sou professora da rede municipal de Petrópolis há 24 anos, sempre atuando em turmas de educação infantil e 1º ano. Iniciem minha vida profissional em escola particular, onde o fracasso escolar não existia. Meu maior desafio inicial foi o número de alunos na turma , que era muito maior do que na escola particular, mas esse desafio foi fácil de ser resolvido. Com rotina, carinho e sabendo às necessidades de cada um tudo flui normalmente. Hoje o maior desafio está sendo o número de inclusões e falta de preparo da pessoa que vai auxiliar as crianças junto à professora. Quem vai acompanhar o aluno tem que ter vontade de procurar estudar sobre a inclusão e não ficar apenas como cuidadora aguardando a professora dizer o que ela precisa fazer . Nos países mais desenvolvidos quem auxilia o professor em sala de aula precisa estar cursando mestrado . O professor planeja e os auxiliares executam as ações conscientes do que estão fazendo. Isso ajuda muito. Vamos continuar na torcida para que tenhamos pessoas mais preparadas para intervir nas inclusões.
Um abraço
O maior desafio, ao meu ver, nestes quase cinco anos tem sido a pouca valorização e reconhecimento da importância da Educação Infantil para o desenvolvimento da criança. Pais, colegas de profissão, gestores; todos se referem a esta fase do processo educativo como algo de menor importância, onde "as crianças vão apenas para brincar". Ainda há aqueles que defendem que o espaço de Educação Infantil é aquele em que a criança está inserida para ser cuidada enquanto as mães estão no trabalho. Dessa forma, tudo o que é estabelecido como objetivos, metodologias e recursos para essa faixa etária acaba caindo nessas perspectivas de pouca importância quando, na verdade, a Educação Infantil deve ser o alicerce de todo o processo educacional que virá. E uma construção com alicerce fraco não se mostra resistente.
Obviamente o currículo das crianças de até seis anos deve ser estruturado da maneira mais lúdica possível; mas até mesmo o lúdico prevê uma sistematização que não me parece fazer parte dos planos que norteiam o processo ensino-aprendizagem para esta faixa etária. Inúmeras são as falas que defendem que "só se deve brincar na educação infantil"; mas sem organizar um ensino estruturado para estas crianças, a brincadeira será puro e simples entretenimento quando devia ser instrumento de ensino e aprendizagem, com objetivos a serem alcançados e avaliados.
Resumindo, o maior desafio que encontro na minha prática em Educação Infantil é conquistar espaço para um ensino formal e estruturado que esteja atento às etapas de desenvolvimento de cada idade, mas que explore as capacidades e potencialidades desse desenvolvimento através do direcionamento de diferentes tipos de atividades.
Para o professor e toda a equipe escolar será uma nova realidade, com muitas adaptações e cuidados que não estamos habituados.
Tenho como opinião que educadores, direção e pais tem que formar uma equipe só para que os educandos em formação sejam os mais beneficiados com isso.
Se os educadores e direção não trabalham bem juntos essa corrente é quebrada e se os responsáveis não demonstram interesse fica difícil, nós como educadores sabermos onde focar para aproveitarmos ao máximo o desenvolvimento daquela criança.
Ainda mais agora vivendo em tempos de pandemia onde o tripé da educação infantil educar,cuidar e brincar precisará passar por adaptações e estratégias para não tornar a educação infantil uma educação mecânica e sempre proporcionar as interacoes e brincadeiras.
Sendo assim outro fator será a adaptação dessas crianças pequenas ou bem pequenas no cotidiano escolar onde estão vindo de casa ambiente familiar e agora irão construir aos poucos uma nova rotina.
Contudo neste processo cabe a participação da família e escola para viabilizar o melhor para a criança inserida no espaço de educação infantil.
Desafios sempre teremos, mais com muito amor e determinação tudo é possível.
Mas percebo que com a inclusão do Programa Nacional de Alfabetização na educação infantil com o uso de livros didáticos, priorizando aprendizagem mecânica através de treinos repetitivos, utilizando os campos de experiências e objetivos da BNCC para tentar suavizar essa prática e isso me preocupa é temo pela perda do espaço do brincar e da ludicidade na educação infantil. Mas fico na torcida para que nossas crianças ganhem e não percam.
Sou professora de Educação Infantil há 7 anos, comecei na rede particular e acabo de completar 6 anos na rede do município de Petrópolis. Comecei a minha carreira no magistério há uns 12 anos atrás e já passei por todos os níveis da Educação Básica, pois também sou formada em Letras (Português) e até em cursinhos pré-vestibular e me encontrei na Educação Infantil.
O que vejo de maior dificuldade na Educação Infantil é que ela não é vista como uma modalidade de ensino e, muitas vezes, é encarada como um lugar para brincar, passar o tempo e, até mesmo, no caso dos Centros de Educação Infantil, como um lugar para ficar, cuidar e se alimentarem enquanto os pais precisam trabalhar ou querem ter um tempo disponível sem seus filhos.
Então fica muito difícil desenvolver um trabalho bem bacana com essa primordial dificuldade, além de os pais e responsáveis cobrarem muitas atividades e propostas em folhas, desenhos, pinturas, em qualquer registro, pois quando esse não é feito, eles alegam que a criança passou o dia inteiro no espaço escolar e não fez nada. Acredito que esses são os maiores desafios que enfrento em minhas práticas e vivências.
Até a próxima carta,
Abraços!
Há alguns anos fui convidada a atuar na Educação Infantil, como fiquei relutante, não queria ficar só brincando. Estudei tanto, pra isso?
Realmente achei muito difícil ficar só observando, tomando conta. Foi um processo doído de aceitação e conscientização sobre o meu papel na Educação Infantil.
Meu amigo, como estava enganada! Quanta alegria tenho hoje em atuar com os pequenos. O trabalho é árduo, árduo pela incompreensão dos pais, profissionais e sociedade, mas gratificante e desafiador. A cada criança um universo a ser descoberto e um jeito personalizado de atuar. Como dá trabalho!
Não sei se você já parou para refletir sobre sua prática, mas creio que em algum momento sim, tantos anos atuando. Não podemos deixar a nossa mente parada e oferecer só velhas cartilhas, temos que alcançar todos. Temos tanto a construir com os nossos pequeninos!
Gostaria que me contasse um pouco da tua experiência na Educação Infantil. Acho esta troca extremamente válida e prazerosa.
Um grande abraço da sua amiga Dalji.
A Educação Infantil envolve a educação de criancas entre 0 e 5 anos e um dos objetivos pode ser o de estimular as crianças por meio de atividades lúdicas como por exemplo jogos e brincadeiras. É uma das etapas mais importantes da vida das crianças porque elas começam a interagir com outras pessoas além de suas famílias.
Para mim o desafio é promover uma prática pedagógica onde a autonomia esteja presente na construção das atividades a serem socializadas e que não seja apenas transmissão de conteúdos sem significados.
Nesta trajetória de educação infantil já avançamos sim, mas ainda temos muito o que aprender, pra mim já se vão 20 anos de sonhos , algumas vezes desilusões , aprendizados, descobertas , enfim é uma longa estrada , acredito muito na educação sou fruto dela e principalmente na Educação infantil onde são construídos muitos conceitos que vão para vida.
Observando as crianças que estudam nas escolas públicas no Município de São Gonçalo, vejo a necessidade de ter um trabalho Pedagógico único e com suas flexibilidades conforme os bairros ou local. A pandemia deixou evidência a falta de estrutura nas escolas públicas e a falta de ações unificadas para resgatar os alunos para participar das aulas remotas.
É lidar com os pensamentos de que a Escola primária é apenas um "depósito" de crianças.
Trabalhar com crianças pode ser muito prazeroso, mas requer muita dedicação e aprendizado constante. Afinal, há muitos desafios que precisam ser superados no dia a dia.
A educação infantil apresenta muitos desafios para a família, pois as crianças aprendem constantemente, antes mesmo de aprenderem a ler e a escrever. Nesse sentido, a responsabilidade educacional dos pais muitas vezes é misturada com as funções que a escola deve desempenhar, dificultando a união entre as duas esferas.
Assim, tanto a família quanto a escola encontram dificuldades diárias. Esses conflitos precisam ser superados com ações estratégicas a fim de proporcionar cuidado, bem-estar e boa educação aos pequenos.
Nesse ambiente, os diálogos entre adulto e crianças sempre será um gerador de novos desafios!
O marco infantil deixado por nós educadores na vida dos pequenos sempre será o nosso maior desafio! Saber que cada palavra, cada atitude terá grande impacto na vida das crianças sempre será o meu maior desafio.
Sim, porque naquela época educação infantil era sinônimo de um espaço de quase deposito de criança. Sem muita preocupação pedagógica, com um tempo bem ocioso. E agora eu estava nesse espaço.
Então o que fazer? Mas tínhamos que fazer algo? Não era apenas deixar as crianças brincarem livremente? Sim e não. As crianças precisavam brincar sim, em alguns momentos de forma direcionada e em outros livre, de acordo com o nosso objetivo. O nosso planejamento.
Assim, o primeiro desafio foi compreender que a educação infantil não era menor, ou menos que o ensino fundamental. Tinha e tem a sua importância, pedagogia. Merece e precisa de estudo, pesquisa, dedicação , empenho, empatia e e profissionalismo.
Atualmente estamos diante do desafio de fazer essa integração no virtual. Como engajar a família nessa proposta? Onde por vezes a tecnologia ou a falta de , prejudica a participação da criança. Como perceber os seus avanços? Sem cair no desanimo ou nas respostas prontas? Como trabalhar a nossa ansiedade do retorno presencial? E diante desses desafios sistematizar ações em conjunto com a unidade escolar.
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